MPT participa de lançamento da campanha ‘Unidos contra a Corrupção’

28/09/2018 - O procurador do Ministério Público do Trabalho na Paraíba Cláudio Gadelha participou do lançamento da campanha “Unidos contra a Corrupção”, na última segunda-feira (24), no auditório do UNI-RN, em Natal. A ação é uma parceria da ONG Transparência Internacional com o Ministério Público Federal e entidades como a Associação dos Magistrados do RN (Amarn), o Movimento Articulado de Combate à Corrupção (Marcco-RN), a Associação do Ministério Público do Estado (Ampern) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

 

O objetivo da campanha é buscar o apoio e a mobilização da sociedade civil em prol da conscientização dos governos e das empresas a respeito das melhores práticas globais de transparência e integridade no combate à corrupção. Durante o evento, Cláudio Gadelha – representante do MPT-PB no Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB) – falou sobre as ações implantadas na Paraíba, como o projeto Focco em Movimento, que já visitou vários municípios paraibanos ouvindo a população e mobilizando estudantes em prol do combate a esse grave problema que é a corrupção.

“Melhor momento não há para se fazer uma campanha de combate à corrupção. É uma pauta nacional, com as eleições mais importantes do país prestes a se realizar. É o momento da democracia e do senso crítico. Sem democracia não existe política, e sem política não existe nação. O MPT adere a essa grande frente de batalha com muito orgulho, pois devemos estar todos juntos contra a corrupção”, afirmou Gadelha.

A representante da Transparência Internacional no Brasil, Ana Luiza Aranha, falou sobre as ações da ONG, presente em mais de 110 países. Ela explicou como foi o trabalho que levou à estruturação das 70 “novas medidas contra a corrupção”, um conjunto de iniciativas dividido em 12 blocos de propostas, que incluem anteprojetos de lei, propostas de emenda à Constituição, projetos de resolução e outras normas voltadas ao controle da corrupção.

Ana Luiza enalteceu duas importantes vertentes da campanha: a primeira é a coleta de assinaturas no site (https://unidoscontraacorrupcao.org.br/) - que já passam de 414 mil - e a segunda é uma plataforma online também disponível pelo mesmo link, na qual os cidadãos podem identificar quais candidatos aos cargos de deputado federal e senador têm passado limpo, comprometimento com a democracia e concordância com as novas medidas de combate à corrupção.

Prioridade - O procurador da República Fernando Rocha lembrou da luta anterior do MPF em prol das “10 medidas contra a corrupção” e elogiou o trabalho que resultou na adoção das 70 novas medidas. “Esse aprimoramento é muito importante, especialmente no que diz respeito à fiscalização, à transparência e à punição exemplar desse crime que assola o país, que é a corrupção”, declarou, lembrando que há anos as pesquisas têm demonstrado que esse é o assunto que mais preocupa os brasileiros.

“As 70 medidas são muito bem sistematizadas e espero que, já que estamos a 14 dias das eleições, os candidatos se manifestem sobre o assunto”, defendeu, complementando que “não adianta a mobilização social, sem que haja chancela dos parlamentares”. Ele destacou que o combate à corrupção depende de toda uma mudança cultural, inclusive na forma como a administração pública negocia com o setor privado, e ainda por uma atuação mais intensa da sociedade.

Eleitoral - Para a procuradora da República Cibele Benevides, que chefia a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), as novas medidas também podem ter um impacto extremamente positivo na luta contra os ilícitos praticados nas campanhas. Ela citou os prejuízos trazidos à sociedade e à própria democracia através da prática de irregularidades como o “caixa dois”, através do qual empresas ou mesmo organizações criminosas repassam propina a candidatos e depois esperam a “contrapartida” dos eleitos. “A criminalização do caixa dois é uma medida altamente importante”.

Ela ressaltou que nenhum partido político do Brasil obteve, em um ranking de transparência mundial, nota maior que 3, em um índice que vai de 0 a 10. “Ou seja, os partidos políticos ainda são redutos de caciques, em sua grande maioria, por falta de democracia interna, e a gente tem visto isso com a distribuição dos fundos públicos. Vários candidatos e candidatas procuram o MPF e a PRE reclamando que o seu partido não está lhe destinando recursos”, exemplificou.

Saiba mais sobre a campanha acessando https://unidoscontraacorrupcao.org.br/.

 

Fonte: Ascom MPT-PB com Ascom/MPF-RN

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