Campanha contra o racismo é lançada pelo MPT

08/11/2019 – O Ministério Público do Trabalho lançou, na última terça-feira (5), a campanha “Nosso lugar é legítimo. Racismo é não reconhecer”, que tem como foco a divulgação do Estatuto da Igualdade Racial para a população brasileira e o combate ao racismo estrutural existente no país. O Brasil é o segundo país em população negra no mundo, 54% da população brasileira é negra (PNAD-IBGE 2015), mas os trabalhadores brancos recebem, em média, 75% a mais que pretos e pardos e a maioria desempregada e no trabalho informal é negra.

A campanha é uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Raça da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade) do MPT. Neste primeiro momento, a campanha será de divulgação, nas redes sociais, de vídeos e mensagens de valorização e legitimação de pessoas negras em diferentes espaços de trabalho. O objetivo é mostrar que o racismo se reflete nas condições de acesso ao trabalho e renda da população negra e que as ações afirmativas buscam corrigir essas desigualdades históricas.

“Precisamos avançar para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e plural. É preciso romper com a naturalização da desigualdade existente na sociedade brasileira, sustentada no que chamamos de racismo estrutural. Isso decorre de todo o processo brutal de escravização da população negra, que culminou com a não garantia de acesso à educação e ao trabalho no pós-abolição e perpetua seus efeitos excludentes até os nossos dias”, afirmou a coordenadora do Grupo de Raça da Coordigualdade, procuradora Elisiane Santos.

Numa segunda etapa, será lançado um banco de imagens com profissionais negros, que poderá ser acessado gratuitamente.

Simpósio

A campanha foi lançada durante o Simpósio Internacional “Indígena, Negro(a), Quilombola, Religioso(a) de Matriz Africana: Da Ancestralidade ao Futuro”. O evento foi realizado na Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), em Brasília, com a participação de cerca de 100 autoridades, pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior.

Durante quatro dias, o simpósio debateu os desafios para a superação de estigmas étnico-raciais, de gênero e religiosos que são enfrentados pelos povos indígenas, população negra, quilombola e religiosos de matriz africana, no país e no mundo.

Fonte: Ascom MPT-PB.

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